quarta-feira
No meio de tanta água, eu fui minha própria ilha
Acho que a água levou minha criatividade também.
sábado
Intensidade.
Não pule ondas, não coma uvas, nem passe a virada do ano com uma peça íntima vermelha para atrair o amor. Superstições não funcionam não. E o amor só se sente atraído no momento certo.
Feliz próximo ano, feliz pessoa nova que você, se quiser, irá se tornar. Por favor, se quiser esquecer, esqueça, mas eu te amo muito, e ainda daquela forma pura, que nada em troca pede.
Um abraço apertado, com cheiro de alecrim e fogos de artifício no seu céu, meu céu!
Com carinho e lágrimas, da quase nova,
Maria.
PS: termino o ano sem querer voltar atrás em nada. E você? Tem feito as escolhas certas?
quarta-feira
Adeus ano velho.
domingo
Retrospectiva 2009
Este ano foi, sem dúvida, muito produtivo e atípico. Tanta coisa aconteceu, e foi tão diferente. Começou o ano, colégio novo, amigos novos, amores novos, vontades novas. Tudo novo, o ano já começou com uma nova Maria, mais disposta a vencer, mais disposta a não deixar ninguém passar por cima dela. Era assim que havia de ser, armada até os dentes com as armas de Jorge, como diria Caio. Firme, decidida, posicionada, nova. E os dias foram seguindo, e os amores massacrando, consumindo. Telefonemas mais longos, estudos mais longos. Choros entalados na garganta. Avalanches de choros durante a noite, sozinha. Sempre tentando ser forte em frente aos outros. Engulindo sapo, e como enguliu sapo. E os amores, de novo, massacrando e consumindo. Por que, raios, ter tantos amores intensos assim, Maria? Ok, o tempo continuou passando. Mais amigos se apresentando, mais gente se distanciando. E você rezando para conseguir atravessar agosto, conseguiu. Fez a prova que tanto precisava. Desacreditou. Resultado da primeira fase: Aprovada. Segunda fase chegando. Nenhum nervo. Uma maquete do Canyon para fazer. Depois um seminário, depois um folder. "Aula dada, aula estudada hoje!". Ah, eram tantas coisas e você pensando que não daria conta de nada. Deu. O tempo passando. Segunda fase chegou, fez, desacreditou. Pediu para novembro chegar de mansinho. Chegou. Resultado da segunda fase: Aprovada. Mudar o rumo da vida, acabar as preocupações e curtir. Curtir, o verbo da vez. Abraçou o mundo, enlaçou a paixão e beijou as nuvens do céu. Pós-festa: ressaca. Quantas ressacas aguentam um ano? Aniversário de 15 anos para cá, para lá. Acabou. Festinhas aqui, ali. Acabou. Parque de diversões. Medo. Tombo de cara no chão. Dor. Suicídio de um cara que se esqueceu do cheiro das flores. Susto, tristeza. Provas. Obstáculos. Queimada na educação física, física, dicionários de inglês. Textos. Textos. Sonhos. Choros. Amores secretos. Chuvas finas com direito ao banho de lavar a alma. Tempestades. Sol. Dar importância ao sol. Também dar importância aos dias nublados. Tentativas. Impor respeito. Sorrir. Van do tio Baccon. Lugar guardado na van. Peças de teatro. Ah, mais uma dose de 2009, por favor!
sábado
O tempo rodou num instante
No nosso destino mandar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega o destino prá lá …
Chico.
sexta-feira
Oito. Oitenta.
Ou canto alto ou fico muda;
Ou amo muito ou prefiro não amar;
Ou detesto muito (porque ódio é um tipo de sentimento que não combina comigo) ou sou indiferente;
Ou como a caixa inteira de bombons ou não como nenhum;
Ou tomo toda a água da garrafa ou morro de sede;
Ou tenho muitos amigos ou não tenho nenhum;
Ou tenho crises infinitas de choro ou prefiro engulir as lágrimas;
Ou surto de vez sorrindo num banho de chuva ou engulo o riso e bebo a chuva;
Ou existe ou não existe;
Ou vive ou não vive;
Ou sente ou não sente;
Ou oito ou oitenta.
Raspas e restos não me interessam.
quinta-feira
Avidez
Sabe, eu não ligo. Não ligo de bater nessa porta que não abre nunca, não ligo de correr e bater com a cabeça na parede, de dar murro em ponta de faca, de bater tanto nessa tecla que não funciona. Eu não ligo para mais nada. E não me entristeço mais, eu não te julgo mais. Acho que é porque eu me adaptei a esses nossos encontros casuais, onde ninguém se lembra de nada do dia seguinte. Eu me lembro. E olha que se tem uma coisa com a qual eu me importo são as minhas lembranças. Talvez porque sejam as únicas coisas que, de fato, me pertencem. Você vai continuar longe assim, ainda que perto? Pois é, daqui alguns dias serei eu, longe. Um dia li algo assim: Longe dos olhos, longe do coração. É isso mesmo?
Acontece que, como nas outras cartas, eu reafirmo que a culpa de toda essa bagunça em mim não é tua. É minha, só minha. Ou do destino... mas eu lá acredito em destino? Não. Eu não acredito em destino, nem em força do acaso, nem em você e muito menos em nós. Nós atados.
Não sei por que disse "como nas outras cartas" se você ao menos sabe da existência delas. Eu não tive coragem o suficiente para te entregar, e são tão lindas, tão puras. Mas são minhas lembranças e, como já disse, exijo cuidado com elas.
Bastava que tivesse cuidado comigo. Sabe aquela noite em que o céu parecia com mais estrelas do que o costume e eu parecia menos lúcida que o normal? Eu estava mais lúcida do que você pensa, me lembro de tudo, de cada frase que disse, e como falei naquele dia, não é? Eu queria sortear uma estrela no céu e te trazer de presente, naquele dia você merecia. E tudo o que eu te disse, ainda que tão apressada, era real, ainda é, mas com o tempo, muita verdade se torna mentira. Eu te gostei tanto, e de uma forma tão pura. Eu simplesmente não queria nada em troca, eu não queria que você gostasse também de mim. Amor não se retribui por gentileza e eu aguardava que, um dia, as coisas mudassem, para mim ou para você. Mas nada se alterou. E você me abraça e de novo é como se me pedisse para esperar só um pouco, que o seu tempo estava aí e você iria se cansar de toda essa vida sem rotinas, que você ia mudar. Eu não queria mudar você, eu não quero.
Eu não sei qual a força que ainda nos une e o que me mantém tão, tão ligada em você. Sempre que eu pareço ir em frente, te olho e insisto em dar dois passos para trás. Eu devo gostar disso. Devo gostar de chegar em casa sabendo que não vou te ver amanhã, e que não vou te ver por tantos outros dias, e que seu lugar ainda está guardado e você simplesmente se esqueceu dos convites do teatro. Que peça era mesmo? Você disse que estava com fome e iria embora, mas antes me levaria. Você me levou embora, me deixou em casa, me deixou para sempre a tua espera, a espera de uma ligação qualquer, um lamento qualquer, uma notícia qualquer. Ainda somos estranhos. Eu ainda me sento no teatro e você ainda não chegou, você não vem. Olho no relógio, mais de oito, meia hora de atraso, me levanto. Não, não me levanto, pois ainda me vejo muito nítida te esperando. Eu continuo a te esperar, a tentar abrir essa porta sem trinco, esse coração sem porta. Mas é por pouco tempo, anota para não dizer depois que não te avisei.
Da quase liberta,
Maria.
Tribunal de causas realmente pequenas.
Sei que tudo vai ficar bem, só não sei se vou ficar também. Eu faço tanta coisa pro mundo melhorar, eu faço de um tudo que posso pra ajudar. Eu distribuo amor, eu curo solidão, mas peço por favor: Alguém me dê a mão.
Pato Fu - Tudo vai ficar bem.
Tudo vai ficar bem?
terça-feira
Balanceando todo o caminhar
"Vi uma menina sorrindo
Brilhando balanceando todo o caminhar
Foi colorindo rindo lindo"
domingo
Números
e domingo, o 2º.
Retrato pensado
Flores,
Estou assim, triste. Partir é tão, tão dificil e choroso. Só pensar e os olhos de lágrimas enchem e elas são impiedosas, caem, ferem. Como é sentir saudades sem ao menos ainda ter ido? Penso em vocês assim, como a minha possibilidade de salvação durante todo o ano de 2009, e nos outros, e em outras vidas, em todas as vidas vividas e ainda não. Abraços de se transbordar e me transbordo ao ver que dentro dos meus abraços as ausências hão de ser milhares. Tristeza e, como sempre, acompanhada de choro. A gente tem que ir em frente, não é?! E ai de vocês se ameaçarem parar. Vocês são luzes, estrelas, o essencial é brilhar, sem limites! Não consigo, dia após dia, não falar disso. Não falar dessa partida, desse "ir", desse "seguir". Sabe o mais me conforta? Saber que as deixo aqui em boas mãos e saber que sigo por um bom motivo e que volto, assim que necessário, e que as levo, sempre. Laços de amizade mais laçados que essas pulseiras, resistindo ao tempo, ao destino, aos caminhos.
"O tempo nos mostra os laços de amizade resistindo aos momentos por tê-lo tecido de sentimentos. O tempo é a fonte do amor. Infinito registro bem maior que o finito intermédio ao alcance nosso."
Com amor, lágrimas, e toneladas de uma saudade antecipada,
Maria, a de sempre.
Deveras.
Vê só, já é quase noite e o tempo passou tão rápido. Estou colocando todas as roupas na mala azul, aquela mala azul, sabe? Será que foi culpa nossa o tempo passar rápido assim? Amanhã eu estou indo, em direção ao temporal. Não, amanhã não. Na verdade, é um outro dia. Amanhã, que também não amanhã, colocarei meu vestido colorido para seguir em direção ao neutro de uma festa de formandos. Não vais me acompanhar, eu entendo. É tanta coisa na mala, não muita roupa, nem muita cor. Sabe o que é? É muita saudade, coloquei tudo dentro da mala e só vou abrir quando lá chegar. Ah, pede pro tempo parar de correr, por favor, por favor... me cansa tanto falar do tempo, ainda mais num domingo tão quente assim, tão preguiçoso assim. Conheces minha antipatia com os domingos. Lancei os dados, deu três, ande três casas, "você atropelou a sua vida, fique uma rodada sem jogar" uma, duas, fico todas as rodadas e sou punida no jogo da vida. Pronto, entreguei a ti os pontos e de novo, de novo, vencestes. Convida-me para mais uma partida, estou cansada. Meu jogo continua parado e a frase martela ferozmente em minha cabeça "você atropelou a sua vida, atropelou, atropelou...", mas com que carro? Diz, diz! Não tenho carro, mas atropelei mesmo assim, tropecei nos meus passos e devo ter caído no caminho, perdido-me no caminho. É isto que quer dizer atropelar? Quando a gente erra, erra mesmo sem ter um carro para atropelar, a gente toma rodas e trata de fazer o trabalho sozinho. O ser humano ama o erro, diz que não, mas ama, se não amasse, não acordaria e erraria qual pé colocar primeiro para fora da cama, eu coloco sempre o direito, para evitar qualquer distração. Mas evito ainda de lançar os dados, amor. Atropelar, é o verbo do dia. Não atropeles, não! Cuida-te amor, meu mais doce abraço. Um cheiro,
Tua.
sábado
Nem vem que não tem.
Simonal
quinta-feira
Vento de estrelas
Decidi não correr, não me mover e assim não cansar, e assim não chorar, e assim não me ferir. Estou sentada na primeira fila, assistindo todos os teatros que a vida me permite, para após aplaudir e novamente me sentar... um novo teatro há de começar. Onde eu quero chegar com essa história de teatros? Em lugar nenhum, eu só não quero, por hoje, escrever sobre o amor. Hoje eu decido falar que sigo o caminho que a vida me mostrar, eu só quero seguir. Hoje quero dizer que aprendi e adoro estar sozinha, e que solidão não é, de forma alguma, estar sozinha. Desprezo a solidão, mas decidi que posso voar sozinha e que grandes são minhas asas, não preciso que ninguém me mostre a rota de vôo. Eu estou feliz assim, aqui. Olhei lá para fora agora, o céu tão azul e nuvens tão baunilhas, como uma fotografia. Não há sentido, mas é tão imenso sem que alguém precise dizer que ele é azul por tal motivo, ou baunilha por outro motivo. Motivos são tão pequenos, e tudo é tão imenso. Imensidão. A gente olha, pare e pensa que o mundo é só aquele que a gente vê, de manhã, quando acorda, pela janela. Eu não sei o tamanho da circunferência terrestre, mas ela é do tamanho dos meus sonhos, ou maior, para poder dar espaço a todos eles. Tão grande que eu poderia hoje, num surto, atravessá-la correndo, do norte ao norte, e correndo encontrar todas as pessoas perdidas por aí, espalhadas por aí. E depois contar histórias, como Forrest Gump. O vento muda tudo, não é? Ventou, mudei. Mais uma carta endereçada a você... já deve estar se cansando não é? Mas eu preciso me aliviar de todos esses problemas, essa falta de tempo que quase me faz ter vontade de comprar mais um relógio e pedir mais tempo ao tempo para ter tempo de pensar, e para me aliviar preciso inventar e te escrever... ou será que te invento também? Não sei, sempre parte invenção, parte real, parte nada. Anota tudo isso, daqui a pouco venta e tudo torna a mudar. Não acredite mais em bolas de cristal, cartomantes, trace os pontos cartesianos de norte a sul e atravesse o mundo assim como eu. Esse mundo é tão azul e tão vasto... dá paz, não é?! É tão bom passar um dia sem falar de amor, de dor... é bom falar assim, só de paz. Em suma, é isto. Os dias são bons, faz muito calor por aqui e a meteorologia disse que o tempo dá tempo de sol para que possamos repousar sobre os verdes campos, aproveite! Meu mais doce abraço.
Da sempre sua,
Maria.
terça-feira
Olha.
Que a vida, Maria
Não passa de um dia
Não vou te prender
Corre, Maria
Que a vida não espera
É uma primavera
Não podes perder"
Todo dia é quase despedida, todo dia é quase um motivo para chorar, todo amigo é quase uma vontade de ficar. E quem disse que é fácil partir? Quem disse que é fácil mudar os rumos da própria vida?
Segura a mão, a ausência, segura uma confissão.
Se estava escrito no destino eu não sei, mas que agora está, tenho certeza!
Amo tanto, tanto, tanto, e qualquer texto, por maior e mais cheio de frases de efeito, seria incapaz de descrever quão grande é este amor!
Com todo o carinho e o aperto da saudade para Ana Carolina, Amanda Andrade, Bárbara Potzik, Carolina Martoni, Deborah, Luana e Rhaíssa.
sábado
O tempo avança liberto, sem fronteiras nem limitações
Querido,
Hoje minha cabeça não conseguiu acompanhar a rapidez dos rumos da conversa, desculpe. Eu sempre tento entender o que é que acontece conosco. Desculpe, saí da festa com uma vontade louca de te dizer um bocado de coisas e, como fazíamos antes, resolvi escrever, é a nossa melhor forma, não é? Eu vou indo, seguindo.. ano que vem não estarei mais aqui e chega a ser triste de pensar, mas eu não quero falar disso. Eu quero mesmo dizer do quanto você deve parar de ler as entrelinhas. Sabe, tem um abismo, mas o oceano ainda existe e eu ainda navego neste barco furado... não, não sinta pena, eu quis assim, não é?! Por que, por Deus, nossos barcos resolveram se perder assim? Eu acredito no tempo e só. Parei de acreditar em mim, em você, em nós. Só acredito no tempo e na capacidade que ele tem de mudar todas as coisas num sopro de vento. Eu não queria que você me esperasse, eu não queria parar teu tempo enquanto eu fingia seguir, muito pelo contrário, eu queria que o seu tempo seguisse e que no nosso tempo a gente voltasse a se encontrar. Eu te dou um beijo na testa porque quero quebrar todo esse clima ruim que as poucos se tornou, e te abraço para calar as palavras erradas, para me calar, para te tirar a voz. E o destino, quem pode com ele? E daqui três anos, quando eu voltar, ainda vamos nos conhecer? Eu acho que sim, sempre que sim, só acho que as coisas aconteceram em horário nobre e a gente perdeu os fios da meada. Tudo isso está se tornando confuso demais, de novo. Eu simplesmente não aguento mais essa confusão. Queremos ser 'épicos heróis românticos' mas somos como os outros, somos absolutamente c-o-m-u-n-s, mas algo nos torna um pouco diferentes dos outros... você pode me dizer o que é? Eu acho que é essa nossa maneira de ver o mundo, ou esse ímã que atrai sempre os velhos pinguins... estamos sempre voltando, sempre regressando, e você ainda me pede para não falar de passado. Tudo o que somos hoje é o passado. Aprendemos demais com nossos erros. Você é a minha saudade do passado. É um pecado ainda não sermos os mesmos. Eu não entendo onde quero chegar, mas é estranho ver tanto amor escapando por entre os dedos. Não sei o que fazer, nem por que caminho seguir. Talvez o da direita, o da esquerda? Melhor ficar parada? O que a gente tem a fazer? Acho que seria melhor conversar, o que acha? Durante essa semana, para mim, está ótimo.
Da confusa,
Maria.
"o tempo avança liberto, sem fronteiras nem limitações"
PS: Não sei se você deve tirar alguma conclusão desse texto. Não sei de mais nada.
segunda-feira
Estranho mundo feliz.
sábado
A flor.
Respiração.
Urso me mandou isso um dia, e assim estou agora. Querendo arrumar tudo, trancar os problemas do lado de fora, tirar férias até mesmo de mim. É uma fase de cansaço, mas passa, passa... deixa passar.
segunda-feira
Ruídos.
que fazem as falas das pessoas falando, cochichando e reclamando,
que eles querem mesmo é reclamar,
como uma risada na minha orelha, ou como uma abelha, ou qualquer outra coisa pentelha,
sobre as vidas alheias, ou como elas são feias,
ou como estão cheias de tanto esconderem segredos
que todo mundo já sabe, ou se não sabe desconfia.
Eu não vou mais ficar ouvindo distraido eles falarem deles e do que eles fariam se fosse com eles
e o que eles não fazem de jeito nenhum, como se interessasse a qualquer um.
(...)
Se eles querem falar de mim, de nós, de nós dois,
falem longe da minha janela, por favor.
E estamos conversados - Arnaldo Antunes.
sábado
Violeta.
"Há mais flores que vendavais, mesmo que eles façam mais estragos."
domingo
Ouça bem pra não dizer que eu não avisei você
"Basta você sorrir pra mim
Pra eu ficar perdida
Em questão de segundos quebrar meses de promessas
Esquecer que existem outras pessoas nesta festa
E cegamente achar que enfim chegou a nossa vez."
Volantes.
Good day, sunshine.
Os amigos não precisam estar ao lado para justificar a lealdade. Mandar relatórios do que estão fazendo para mostrar preocupação.
Os amigos são para toda a vida, ainda que não estejam conosco a vida inteira. Temos o costume de confundir amizade com onipresença e exigimos que as pessoas estejam sempre por perto, de plantão.
Amizade não é dependência, submissão. Não se têm amigos para concordar na íntegra, mas para revisar os rascunhos e duvidar da letra. É independência, é respeito, é pedir uma opinião que não seja igual, uma experiência diferente.
Se o amigo desaparece por semanas, imediatamente se conclui que ele ficou chateado por alguma coisa. Diante de ausências mais longas e severas, cobramos telefonemas e visitas. E já se está falando mal dele por falta de notícias. Logo dele que nunca fez nada de errado!
O que é mais importante: a proximidade física ou afetiva? A proximidade física nem sempre é afetiva. Amigo pode ser um álibi ou cúmplice ou um bajulador ou um oportunista, ambicionando interesses que não o da simples troca e convívio.
Amigo mesmo demora a ser descoberto. É a permanência de seus conselhos e apoio que dirão de sua perenidade.
Amigo mesmo modifica a nossa história, chega a nos combater pela verdade e discernimento, supera condicionamentos e conluios. São capazes de brigar com a gente pelo nosso bem-estar.
Eles me ajudaram e não necessitam atualizar o cadastro para que sejam lembrados. Ou passar em casa todo o final de semana e me convidar para ser padrinho de casamento, dos filhos, dos netos, dos bisnetos. Caso encontrá-los, haverá a empatia da primeira vez, a empatia da última vez, a empatia incessante de identificação. Amigos me salvaram da fossa, amigos me salvaram das drogas, amigos me salvaram da inveja, amigos me salvaram da precipitação, amigos me salvaram das brigas, amigos me salvaram de mim.
Os amigos são próprios de fases: da rua, do Ensino Fundamental, do Ensino Médio, da faculdade, do futebol, da poesia, do emprego, da dança, dos cursos de inglês, da capoeira, da academia, do blog. Significativos em cada etapa de formação. Não estão em nossa frente diariamente, mas estão em nossa personalidade, determinando, de modo imperceptível, as nossas atitudes.
Quantas juras foram feitas em bares a amigos, bêbados e trôpegos? Amigo é o que fica depois da ressaca. É glicose no sangue. A serenidade.
Fabrício Carpinejar.
sábado
Florescer
terça-feira
"Todo grande escritor está sempre escrevendo o mesmo livro."
"Olho pela sacada da minha casa e vejo você chegando. Corro para o enorme espelho do meu quarto e repito em mantra: eu não gosto dele, eu não gosto dele, eu não gosto dele.
Tenho 15 anos e consegui estragar todos os meus relacionamentos simplesmente porque gostei demais das pessoas. Dessa vez quero acertar, por isso, combinei comigo que apesar de estar morrendo por você, não gosto de você.
Espero você tocar a campainha olhando o escuro pelo olho mágico. Meu coração dispara mas eu mando ele parar. Estraguei todos os meus relacionamentos de tanto que meu coração dispara. Dessa vez quero acertar, dessa vez quero que alguém fique comigo ao menos um mês sem me achar louca. Cansei de sempre ser a garota louca que espanta todo mundo.
Você tem cheiro de roupa limpinha com mente suja e eu quero te rasgar inteiro. Mas apenas te dou um beijinho no rosto. Preciso me comportar. Ser como as minhas amigas que se dão bem e arrumam namorados apaixonados. Há anos que eu rasgo os rapazes, enlouqueço, me apaixono, devoro. E termino sozinha no Espaço Unibanco querendo morrer enquanto olho sem fome para o pacotinho com dez mini pães de queijo. E os caras morrendo de medo de mim.
Chega. Dessa vez vou acertar. Não vou chorar na sua frente porque acho um absurdo estar viva, (...)Não vou gostar de você como naquela canção do Legião que diz que é como se não houvesse amanhã. Eu gosto das pessoas pelo prazer de gostar e não porque deu tempo de gostar delas. E ninguém entende nada. E todo mundo se assusta. Mas prometo ser uma mulher normal dessa vez.
Você não sabe porque epu não te atendi o dia todo. Eu te conto que é porque estava muito ocupada. Minhas amigas sempre usam essa desculpa e sempre namoram. Eu era a louca que nem esperava os caras ligar e já ligava pra eles. Mas dessa vez to ignorando o telefone. Mesmo que ele fique no meio das minhas pernas o dia todo esperando um telefonema seu. Mas você jamais vai saber disso.
E jamais vai saber mesmo, sabe por que? Porque você é o primeiro homem do mundo que não sabe que eu tenho esse site. Chega. Todos os homens morrem de medo desse site e eu não agüento mais essa porra dessa solidão que me dá toda vez que procuro um pouco de amor nos beijos e abraços curtos que alguém me dá. Chega. Você não vai saber nem a pau que eu tenho esse site e muito menos que eu gosto de você e escrevo sobre você.
Aí você fala que vai cortar o cabelo e eu quero implorar pra você não cortar. Porque esses seus cachos acabam comigo. O cheiro do seu cabelo. A maneira descabelada que você usa pra parecer arrumado. E eu amo a sua cara de argentino e que você odeia os argentinos. E eu amo como a sua calça nova cai bem em você e como você fica elegante de chinelo. E eu quero te pedir pra deixar tudo como está e não cortar meus cachos prediletos de todos os cachos. Você me salvou. Eu não agüentava mais pensar nos mesmos caras que eram sempre os mesmos caras. Você é novinho em folha e eu sou louca por você. Mas tudo isso eu não te conto pra você não achar que eu sou louca. Chega. Dessa vez vou fazer tudo certo.
(...) E de querer eternizar o seu cabelo e o seu nariz feio. E de achar que o seu cheiro é o cheiro de uma nova vida que eu estava precisando tanto. E de eu te adorar principalmente porque eu já nem sabia mais como era adorar alguém novinho em folha. Porque dessa vez vou fazer tudo direito. Chega.
E você nem sonha que eu sou bipolar, quero ser mãe e acredito no amor da vida. Acredito no amor pra sempre. Acredito em alma gêmea. Você nem sonha com essas coisas porque só conversamos coisas leves e engraçadas. Chega de ser a louquinha intensa. Eu corro no espelho de novo e repito cem vezes que não gosto de você. Não gosto de você. Não gosto de você.
Porque se eu gostar de você, eu sei que você vai embora. E eu simplesmente não agüento mais ninguém indo embora. Porque nessa vida maluca só se dá bem quem ignora completamente a brevidade da vida e brinca de não estar nem aí para o amor. E eu preciso me dar bem e por isso ignoro minha urgência pelo amor. Porque se você sentir urgência em mim, vai é correr urgente daqui. Chega.
(...)Você é cínico sem ser maldoso. E graças a Deus você não é publicitário. E é amigo dos meus amigos. E ta cagando para as meninas bonitas do seu Orkut porque você pira em mim. E eu quero te contar que escrevo sobre você e que morro pelo seu cabelo. Mas não, não. Estou morrendo de vontade de ser eu mas ser eu só tem me feito perder e perder. E eu quero ganhar. Só dessa vez. Chega.
Quero viver uma história. Por isso dessa vez não gostar de você. Tchau. Peço pra você ir embora. E você jura que eu não estou nem aí pra você. Melhor assim. Dessa vez quero fazer tudo certo. Chega de fazer tudo errado.
E eu te espio da janela, indo embora. E quero berrar o quanto gosto de você. E te pedir em namoro. E te mandar flores amanhã. E mais uma vez agir como um homem. Mas eu cansei de ser homem. Eu sou menina. E meninas só amam depois do sexto encontro. Ou depois que o cara fala que gosta delas. Dessa vez vai ser assim. Chega.
E se você não se apaixonar por mim mesmo com todo esse teatro de moça banal que eu estou fazendo, vai ser a prova que eu precisava pra saber que você realmente vale a pena."
O teatro da moça banal (modificado) - Tati Bernardi
sábado
Muitas flores, nenhum espinho
PS: Este é um PS importante. Você vai ler e vai achar que eu estou chateada, porque comecei falando sobre o pedido de desculpas, não é? Mas olha, esqueça, assim como eu me esqueci. Acho que o choro, naquela hora, foi provocado mais pelo susto do que por qualquer outra coisa. Ninguém é de ninguém, nós sabemos. E, se para você é necessário ouvir, te digo: te desculpo, mesmo sendo desnecessário, as coisas não vão mudar, eu já te disse, escuta!
segunda-feira
Me destaco de um albúm de fotografia antigo...
"Tudo isso me perturbava porque eu pensara até então que, de certa forma, toda minha evolução conduzira lentamente a uma espécie de não-precisar-de-ninguém. Até então aceitara todas as ausências e dizia muitas vezes para os outros que me sentia um pouco como um álbum de retratos. Carregava centenas de fotografias amarelecidas em páginas que folheava detidamente durante a insônia e dentro dos ônibus olhando pelas janelas e nos elevadores de edifícios altos e em todos os lugares onde de repente ficava sozinho comigo mesmo. Virava as páginas lentamente, há muito tempo antes, e não me surpreendia nem me atemorizava pensar que muito tempo depois estaria da mesma forma de mãos dadas com um outro eu amortecido — da mesma forma — revendo antigas fotografias. Mas o que me doía, agora, era um passado próximo." CaioF.
Força do acaso, azar ou sorte
Ando rezando para todas as divindades, rezando baixinho mas sinto que, de alguma forma, sou ouvida. O tempo está chegando, nada basta e disseram um dia que navegar é preciso, eu acredito. Acredito em tudo, seja qual for a pessoa, se é singular ou plural. Acredito em mim.
O tempo está limpando, é assim que dizem quando a chuva dá trégua não é? Está abrindo um sol lindo em minha vida, vejo raios de sol por trás de nuvens tão escuras, não vai mais chover, não vai mais chover.
Coisas-assim-me-lembram-você
― Eu não vou me esquecer de você.
Ela disse:
― Nem eu.'
Mesmo com um pé de insegurança, continuo feliz feliz feliz..
domingo
Cinema mudo
"Eu tenho que aprender a dizer tudo que eu sinto por você. Eu tenho que aprender num desses seriados da tv"
Eu danço com você o que você dançar
terça-feira
Retrato em branco e preto
domingo
Assinado eu
Eu quis ficar sentada observando o movimento dos teus passos lentos, tudo parecia em câmera lenta. Talvez porque, naquele momento, eu precisava pensar. Não há coisa no mundo que me incomode mais que ver minha vida passando depressa assim, sem mim. A sua vida passou lenta por um minuto, quem sabe dois, mas também de que interessam os minutos? Sei que passou, e eu não poderia enumerar a quantidade de coisas que passaram pela minha cabeça, foram muitas, milhares delas. E como se eu apertasse um botão para passar mais rápido, você correu, correu, sumiu. Eu deixei que isso acontecesse e hoje eu vejo que não foi ruim, não foi por mal. Eu precisava e ainda preciso ser feliz. Não que você impedisse a minha felicidade, mas eu me barrava. Eu projetava toda a alegria em você e nem era tudo isso, nem foi tudo isso. Mas eu decidi me permitir. Não faz sentido insistir no irremediável. Abro mão de você para não precisar abrir mão de mim. Então me levantei e dancei, dancei a música mais acelerada de toda a minha vida e tudo parecia rodar numa velocidade absurda e mudar, mudar, mudou. Como se eu acordasse assustada, abri meus olhos e percebi exatamente o que eu queria ver, a mudança. E não digo uma mudança de fora para dentro, eu continuava a dançar, mas agora mais lento, eu mudava por dentro, uma mudança minha, eu me pertencia. Olhei para os lados e não te vi. Você estava lá, eu sei, em algum lugar, mas não me interessava mais. Continuava no meio da pista de dança e alguém se aproximou, muita proximidade. Me abraçou, me envolveu, me acalmou. A música baixou, a luz baixou, todos sumiram e eu, por um momento, sumi também. Como se aquela menina no meio da pista de dança, agora acompanhada não fosse eu, como se observasse tudo de cima, para que nenhum passo fosse errado. E não foi.
"Cada vez acredito mais naquela máxima freudiana (ou metida a freudiana, nunca sei direito) de que a mulher ama, na verdade, o próprio amor que sente (ou a dor, a falta de amor, e por ai vai)."
sexta-feira
Cem gramas, sem dramas.
Encontros e despedidas
"A solidão é cheia de boas intenções"
domingo
Suburbano coração
sexta-feira
Relógio
(TatiB.)
De acordo com o horário de Brasília, são 14:16. Pensei por um minuto no que escrever. São 14:17, e sabe, eu não vou atrasar meu relógio para esperar que você vomite seu coração. 14:18, o tempo não vai parar, amor, não vai.
quarta-feira
Cólica
domingo
Venha aqui pra me buscar, me leve para passear no seu disco voador
Caio Fernando Abreu.
quarta-feira
Setembro
segunda-feira
". . . e eu concluo que, de alguma forma, nossa ligação mental? espiritual? psicológica? continua sempre muito forte."
Sempre que penso no que escrever nesta "carta" de dois anos, me lembro da carta de um ano em que seguia uma pergunta mais ou menos assim: "Onde estaremos ano que vem? Como estaremos no outro ano?". Aqui estamos nós. Eu, com os mesmos problemas de sempre, você, com os mesmos problemas de sempre, é inegável, ainda somos os mesmos. Bêbados de nostalgia, chorando o leite derramado e negando tudo para tentar dar dois passos para frente e um para trás. Sempre assim, dois anos sendo assim, quem sabe a vida inteira? Eu não posso e nem quero prever o que será daqui pra frente, mas não custa pensar um pouquinho sobre.
Estranho comemorar assim os dias 14, lembrar, ainda que nos dias mais quietinhos, de como poderia ser e não foi. Estranho, já que as outras datas são irrelevantes. O mês de setembro, sempre com aquele ar de primavera, aquele ar de "está chegando, meu Deus, está chegando", aqueles comentários "se estivessemos juntos, completaríamos 2 anos", estranho, mas não me poupo desses comentários desde que setembro começou.
"Nós temos uma foto aqui" penso, ainda que com poucos momentos registrados pelas máquinas fotográficas. Sabe, para mim isso nunca importou, nunca me importou os álbuns de fotografia. Me importava o vinil com o teu nome na porta do meu quarto, me importava o que eu pensava sobre nós, ninguém precisava de provas sobre o que era explícito, ninguém precisa.
Sabe que pensar no nosso amor me traz os 5 sentidos à tona? A começar pelo olfato, cada cheirinho de perfume pelo ar, a audição perdida entre trechos de músicas que me lembravam e lembram você, paladar tão doce de bombons após a aula, tato para descrever situações, visão clara do horizonte que traçamos juntos. Todos juntos, num coquetel de nostalgia. Nós escrevemos um belo livro, com um romance que despertaria inveja até nos mestres, como Caio Fernando Abreu ou Lispector. Um romance tão belo que, para quem conto, não acredita ser real. E foi real? Para nós foi. "pois queríamos ser épicos heróicos românticos descabelados suicidas, porque era duro lá fora fingir que éramos pessoas como as outras" Nós não éramos como os outros, éramos diferentes, éramos clássicos, mágicos. Dançávamos na rua sem nos importar com a opinião ou com a reprovação. E quando penso em nós, sempre penso também nesta sensação de dançar na rua, pisando em astros distraídos.
É bom saber que, ainda com os anos passando, continuamos presentes na vida um do outro, é bom saber que tem você, seja lá onde você estiver... De uma mesma proporção é bom ver você sabendo do que acontece comigo, ainda que eu não te conte. É bom não ve indiferença, é bom... é bom...
Suas cartas estão guardadas, o sentimento também, todo o afeto, a amizade, a cumplicidade. Minhas cartas são a grande herança que te deixarei. Feliz dois anos, que coisa mais entranha de ser dizer, o que me arranca alguns risinhos sempre que penso em dizer.
Fico feliz em te ver feliz, e te ver com alguém que pode te fazer o bem que não fiz. Escreve os teus capitulos do livro, fico feliz em ler sempre, está história ainda é nossa. E por mais que apareçam alguns personagens novos, esta história leva o nosso nome e a nossa assinatura. Fique bem, trate de ficar sempre feliz e com o melhor sorriso estampado neste rosto! Um grande abraço, Maria.
"E nossa história não estará pelo avesso assim, sem final feliz. Teremos coisas bonitas para contar. E até lá, vamos viver,temos muito ainda por fazer. Não olhe para trás
- Apenas começamos.
O mundo começa agora
- Apenas começamos."
"Olha, eu sei que o barco está furado e sei que você também sabe, mas queria te dizer pra não parar de remar, porque te ver remando me dá vontade de não querer parar de remar também...
Quem diria que viver ia dar nisso?"
Nossos infinitos barcos, e uma garrafa de vinho pela metade.
"Descobri que a maioria das pessoas que conheço me desvitalizam. E eu não vou permitir mais, nunca mais."
quarta-feira
uma coisa em mim diz olha, pedir socorro neste caso é inútil, ninguém pode ajudar ...
Briza Mulatinho
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'Que todo mundo tenha um amor quentinho. Descanso pro complicado do mundo. Surpresa pra rotina dos dias. A quem esperar. De quem sentir saudades. Um nome entre todos. O verso mais bonito. A música que não se esquece. O par pra toda dança. Por quem acordar. Com quem sonhar antes de dormir. Uma mão pra segurar, um ombro pra deitar, um abraço pra morar. Um tema pra toda história. Uma certeza pra toda dúvida. Janela acesa em noite escura. Cais onde aportar. Bonança, depois da tempestade. Uma vida costurar na sua, com o fio compriiiiido do tempo.'
[Briza Mulatinho]
O amor é tão belo mas pensar nele quase semrpe me deixa triste.
domingo
E quando setembro vier...
Houvesse cortinas no quarto, elas tremulariam com a brisa entrando pelas janelas abertas, de manhã bem cedo. Acordei sem a menor dificuldade, espiei a rua em silêncio, muito limpa, as azaléias vermelhas e brancas todas floridas. Parecia que alguém tinha recém pintado o céu, de tão azul. Respirei fundo. O ar puro da cidade lavava meus pulmões por dentro. Setembro estava chegando enfim."
amém.
quinta-feira
15:18
Eu queria parar um dia para agradecer sabe? Agredecer pela paciência, pelo colo, pela doçura e pela amizade. Amizade que, com um olhar, já entende tudo e dispensa maiores palavras. Você não precisa me conhecer desde os 2 anos para ser minha amiga de infância, para ter feito parte da minha vida e para conhecê-la, do início ao fim. Nunca me deixando pular partes, esquecer. Eu também não preciso ter feito a pré-escola com você para saber como você era, para saber como você foi e como você é. Hoje eu te admiro, "Me ensina a ser tão forte assim também". Sinto-me até um pouco egoísta por lançar tantas vezes todos os meus desesperos sobre você, eu sempre te digo que quando tudo parece sem saída, eu sei que posso correr para você, queria agradecer por isso também. Quero aproveitar para agradecer também por toda a força que você me dá, para que eu siga a estrada que achar conveniente, e sempre apontar que estará ao meu lado, sempre. Você é muito especial Amanda, sua amizade é um conforto, uma certeza!
(Rá, o resto fica para a carta de aniversário)
Te amo, amiga, mesmo, imenso!
quarta-feira
Coisa simples é lindo, e existe muito pouco
(caiof.abreu)
segunda-feira
Se tudo parecer errado
Esta não é, nem de longe, a melhor carta que você leu. É só a verdade, toda a verdade, do início ao fim. Tudo aquilo que, por covardia, eu te escondi. Tudo aquilo que você precisava ver e não viu por covardia. Tudo o que a covardia fez conosco e, é claro, tudo o que somos hoje.
Contei cada manhã que acordava sem saber se você estava vivo, se estava bem. Passei seis meses acordando e indo dormir com uma ressaca de sentimentos e com a teimosia de me embriagar de não-amor no dia seguinte, de novo. Eu passei todo esse tempo assim, mas você não viu.
Antes de tudo isso, é inegável, fui muito feliz. Agradáveis ventos primaveris me bagunçavam os cabelos, mas não era real. Talvez o erro foi este, crer que uma história era tão bela sem se lembrar que coisas belas assim não aconteceriam. Mas você não sabe disso.
O tempo passou e eu estou cada vez mais fora do seu campo de visão. E, embora nem eu mesma acredite, o tempo passou para mim também. O tempo, sempre exato. Eu fui te anulando, te apagando, te esquecendo. Por livre-arbítrio. Tem horas que cansamos sabia? Cansei de inventar um personagem em você e de adorar cada feito desprezível seu. Cansei.
Quando você menos percebia, eu estava de longe, analisando cada mínimo gesto seu. Queria mesmo era notar teus erros, para passar a odiá-los, não consegui. Eu só passava a te amar, mais e mais, de uma forma burra e real.
Eu passei a correr, todos os dias, para mais longe. Se tentar odiar não funcionava, ficar longe deveria resolver. Pode parecer incrível dito assim, mas estava conseguindo. Meu porte atlético, que não era dos melhores colaborou e me surpreendeu. Eu estava ficando feliz e nem me comparava mais às mocinhas sofredoras das novelas mexicanas. Eu corria sem rumo, mas não importava o rumo, importava a distância. Entretanto, quando pensava que estava distante demais, você me segura pelos ombros e me pede para voltar, que está chegando o nosso tempo e que não quer mais que eu te esqueça e corra assim de você. Ah, como eu odeio esse tal de amor. Eu, cega, voltei sem hesitar. Confundi-me, mas sorria de forma segura. Sempre me confundindo com o estável e o instável. Tá tudo errado.
Sempre tudo errado, os discos velhos tocando uma música que eu não agüento mais ouvir. E hoje eu estou exausta para dançar. Deve ser porque não agüento mais balançar sozinha neste tango, andar sozinha nesta corda bamba, escrever sozinha uma história de amor que vivo sozinha. Cansei de estar sozinha e de saber desta solidão. E vou dormir.
Tudo isso é embaraçoso. Faz parte do meu show, fazia parte do seu. Hoje estou encerrando todo o incerto que construí. Não ficou bonito não, não dá para morar nesta construção, mas dá para derrubar e eu estou derrubando. Dia após dia, derrubando tijolo por tijolo. Estou encerrando também todo este amor não recíproco, estas sortes lançadas, tirando as cartas da mesa e te esquecendo, pela última e mais concreta vez. Esquecendo-te por gostar tanto e, assim, nos deixar viver. Toma esse texto, o único lugar seguro e eterno pra gente.
“E você continua escrevendo sua história pulando linhas, errando palavras, esquecendo os títulos. E eu continuo escrevendo seu nome com letras cheias, para tentar preencher você de alguma maneira. Pra tentar deixar tangível a sua existência. E principalmente pra poder amassar o papel e jogar no lixo.”
domingo
Te mando retalhos de amor
Voa quem voa Maria
Pousa-se toda Maria
no varal das 22 fadas nuas lourinhas
Fostes besouro Maria
e a aba do Pierrot descosturou na bainha
Farinhar bem, derramar a canção
Revirar trens, louco mover paixão
Nas direções, programado e emoldurado
Esperarei romântico
Sou a pessoa Maria
Na água quente e boa gente tua Maria
Voa quem voa Maria
e a alma sempre boa sempre vou à Maria
Farinhar bem, derramar a canção
Revirar trens, louco mover paixão
Nas direções, programado e emoldurado
Esperarei romântico
Tou vitimado no profundo poço
na poça do mundo
do céu amor vai chover
Tua pessoa Maria
Mesmo que doa Maria
Tua pessoa Maria
Farinhar bem, derramar a canção
Revirar trens, louco mover paixão
Nas direções, programado e emoldurado
Esperarei romântico
Tou vitimado no profundo poço
na poça do mundo
do céu amor vai chover
Tua pessoa Maria
Mesmo que doa Maria
Tua pessoa Maria
marisa monte - maria de verdade.
deserto
mais enfim Maria, eu tinha encontrado em você tudo aquilo que faltava pra mim."
EU SOU UMA MERDA DUMA MENINA, COM UMA MERDA DUMA CONSCIÊNCIA, COM UMA SÉRIE DE ESCOLHAS ERRADAS. só.
E odeio domingos, e odeio saber que amanhã a escola me espera. E as lágrimas caem sem pedir permissão.
sexta-feira
O amor não tem pressa
tatib.
Nunca me senti tão confusa como nesses dois últimos dias. Paciência.
Peço licença ao meu ódio tão feio e tão infinito para te amar só mais uma vez.
quinta-feira
E quem pode comigo quando eu digo tudo o que sinto?
- Sim, e o que você viu olhando para trás?
(Silêncio)
- Vi que no meu caminho, depois que o passado passou, tava faltando você e ainda tá.
Ainda era moço pra sair no terraço e dançou
domingo
e se...
Sobre um herói
s. m.
1. Homem ilustre por feitos de grande coragem.
2. Protagonista.
3. Deprec. Homem que se torna saliente pelo seu proceder escandaloso ou incorrecto!incorreto.
4. Infrm. Personagem principal.
5. Ant. Personagem nascida de um ser divino e de outro mortal.
sábado
O humano é só
(Caio Fernando Abreu)
Hein?
(Martha Medeiros)
Me deixa
(Tati Bernardi)
Até pouco tempo atrás eu só me preocupava com uma vida que não era minha, com a idade que eu não tinha, com preocupações que não me cabiam. Eu, embora por vezes não acreditasse, era pequena demais para uma porção de coisas. Talvez só ontem meu campo de visão aumentou, e eu percebi que só regredindo eu poderia evoluir. Eu sou adolescente, quer queira, quer não. E quer saber, esta é exatamente a MELHOR fase da vida.
quarta-feira
Frio
Senti vontade de voltar
Pra te dizer que as opções ainda estão aqui
Vou construir uma família como a gente quis
Quem tem menos faz bem mais que nós por si
Essa cidade não conhecerá meu fim
O que procuro encontrarei dentro de mim"
domingo
CaioFernandoAbreu
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“E decidi me poupar mais. Tem sido difícil. E não sei se há recompensa. Talvez, quem sabe, me sentir melhor comigo mesmo. Um I-Ching me aconselha a “limitação”: um lago não deve querer transbordar de seus limites.”
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'Mas vou atravessando os dias, a casa muito vazia, às vezes dói. . .'
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“... dei umas boas choradas (é liiiindo e amaaaaargo), saí meio down e acabei tomando uns vinhos talvez além da conta. Sinto saudade docê, todos os dias. Vai um cheirinho de alecrim e muito carinho. "
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'Mas acontece que o senhor não colocou outras coisas para substituir essas.'
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"Quando penso desse jeito, enumero proposições como: a ser uma pessoa menos banal, a ser mais forte, mais seguro, mais sereno, mais feliz, a navegar com um mínimo de dor. Essas coisas todas que decidimos fazer ou nos tornar quando algo que supúnhamos grande acaba, e não há nada a ser feito a não ser continuar vivendo."
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'- Não deixar principalmente que entrem dentro de ti e queiram arrancar isso que está aqui, entendeu? - levou uma das mãos até o coração... '
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" Apertava a mão do príncipe sem cavalo branco, sem castelo, sem espada, sem nada".
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'Tem umas coisas que a gente vai deixando, vai deixando, vai deixando de ser e nem percebe. Quando viu, babau, já não é mais."
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Não gosto quando a gente fica falando assim no que não foi, no que poderia ter sido. God!
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'Feliz, feliz, feliz. Uma página inteira feliz. Um livro inteiro feliz. Um mundo inteiro feliz.'
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"Eu sempre acredito em happy ends , com beijo no final....isso é ter esperanças..! "
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''Vou sair para ver o mar e me perder entre os labirintos que distanciam nossos passos. Vou te procurar entre as estrelas e os satélites distraídos, que confusos me ditaram caminhos errados e esparsos. Eu irei caminhar por trajetos errados em diferentes passos. Em destinos errantes nas mais estranhas pegadas na areia. E vou te encontrar em um planeta abandonado no curto espaço entre nós dois. Em nossos abraços, em seus sorrisos largos.''
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"Às vezes chego a pensar que ele sempre soube que, de uma forma ou outra, fatalmente acabaria assim."
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'Se ficar heavy metal demais, dou o fora. '
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Possibilidade
sábado
SUGESTÕES PARA ATRAVESSAR AGOSTO
Para atravessar agosto também é necessário reaprender a dormir, dormir muito, com gosto, sem comprimidos, de preferência também sem sonhos. São incontroláveis os sonhos de agosto: se bons, deixam a vontade impossível de morar neles, se maus, fica a suspeita de sinistros angúrios, premonições.
Para atravessar agosto ter um amor seria importante, mas se você não conseguiu, se a vida não deu, ou ele partiu sem o menor pudor, invente um. Pode ser Natália Lage, Antonio Banderas, Sharon Stone, Robocop, o carteiro, a caixa do banco, o seu dentista. Remoto ou acessível, que você possa pensar nesse amor nas noites de agosto, viajar por ilhas do Pacífico Sul, Grécia, Cancún ou Miami, ao gosto do freguês. Que se possa sonhar, isso é que conta, com mãos dadas, suspiros, juras, projetos, abraços no convés à lua cheia, brilhos na costa ao longe. E beijos, muitos. Bem molhados.
Não lembrar dos que se foram, não desejar o que não se tem e talvez nem se terá, não discutir, nem vingar-se, e temperar tudo isso com chás, de preferência ingleses, cristais de gengibre, gotas de codeína, se a barra pesar, vinhos, conhaques - tudo isso ajuda a atravessar agosto. Controlar o excesso de informações para que as desgraças sociais ou pessoais não dêem a impressão de serem maiores do que são. Esquecer o Zaire , a ex-Iugoslávia, passar por cima das páginas policiais. Aprender decoração, jardinagem, ikebana, a arte das bandejas de asas de borboletas - coisas assim são eficientíssimas, pouco me importa ser acusado de alienação. É isso mesmo, evasão, escapismo, explícitos.
Mas para atravessar agosto, pensei agora, é preciso principalmente não se deter de mais no tema. Mudar de assunto, digitar rápido o ponto final, sinto muito perdoe o mau jeito, assim, veja, bruto e seco.
Cadê?
O pé cansado já tentou calçar (à força) do chinelão que descola as tiras ao sapatinho de cristal. Nenhum serviu e o coitado tá todo esfolado.
Ninguém pra descascar, chupar ou fazer uma laranjada. Em compensação, laranjas na minha vida não faltam. E chega! Há anos peço o príncipe e só me mandam o cavalo.
Fim de ano sem amar é deprê, hein? Tô megera o suficiente pra ver uma família feliz no shopping e pensar que aquela instituição "image bank" não passa de uma união solitária de aparências. Tô megera o suficiente pra furar a fila do Papai Noel e pedir um pirulito, bem grande, bem grosso, bem exclusivamente apaixonado por mim.
Tô megera o suficiente pra abraçar os veadinhos do trenó em homenagem aos meus ex-casos. Tô megamegera o suficiente pra não admitir minha carência e dar uma risada debochada de todas as luzes, canções e emoções de boas-festas.
Tá, mas no especial do Roberto Carlos não vai dar pra ser megera. O filho da mãe sempre me faz chorar. É impressionante como a gente se sente sozinha na porra do especial do Roberto Carlos.
sexta-feira
Você tem ou não escolhido corretamente?
terça-feira
E tal e coisa, e coisa e tal
Personalidade
Canceriana, seu humor realmente só Freud explica. Regido pela Lua e pelo elemento água, o signo de Câncer traz, ao mesmo tempo, força e fragilidade, doçura e raiva, carência e independência. Esquisito, né? Pois é, com esse jeito, complicada e perfeitinha, você segue sua vida e suas relações. Possui uma memória seletiva, que escolhe o quê e quando lembrar, mas muitas vezes, apega-se ao que deu errado no passado, com dificuldade de se desprender de modo leve. É intensa em tudo o que faz e espera uma cumplicidade enorme das pessoas à sua volta. Tem uma super intuição, que a guia nos momentos-chave do destino. De personalidade forte, você é apegada às pessoas importantes, sejam amigos, rolos de amor ou gente da família. É uma guerreira, que une as pessoas, através de conselhos e pequenas broncas, quando alguém está pisando na bola.
Amor
Os relacionamentos são fundamentais para você, canceriana. Intensa, controladora, apaixonada, ciumenta, carente, e até por vezes, manipuladora, você quer que as coisas sempre saiam do seu jeito no amor. No fundo, tem um grande medo de perder e de ter que abrir mão, e como conhece profundamente as pessoas, por ser intuitiva, acaba percebendo os vacilos rapidamente. Gosta de parceiros que valorizam a intimidade do casal e que se comprometem, tentando crescer junto com você. Pode se decepcionar com facilidade, por ser exigente e sensível. Precisa estar ao lado de pessoas leais, fiéis, que reconheçam seu valor, pois caso contrário tende a mostrar seu pior lado: carente, inseguro, manhoso, ciumento... No fundo, tudo o que você quer é que o carinho sempre se mantenha e pode ficar mal quando percebe que seu parceiro está buscando outros horizontes.
A Galera
Super carinhosa e protetora, você é mãe da galera. Ouve os problemas, fica perto na hora da dor, inventa atividades maluquinhas só para animar um amigo... Por ser intuitiva, sabe, só de olhar, quando aquela amiga especial está na pior. Gosta de viver o dia-a-dia com a turma, sair para comer e conversar. Você é uma grande amiga. É aquela que nunca se esquece de uma data de aniversário, que liga pra todo mundo, reunindo a turma, que chora no chão do banheiro com uma amiga, depois de uma balada catastrófica... É quem defende os amigos sempre, dá bronca de vez em quando e adora tê-los por perto.
Profissão
Você é independente, esforçada e corre atrás de seus objetivos, sem esperar que a vida aconteça. Tem habilidade para receber pessoas e lidar com o público. Entretanto, não lida bem com críticas e muito menos com broncas que considera injustas. Pode se dar bem recebendo pessoas (hotelaria, relações públicas), cozinhando (chef, cozinheira), chefiando uma pequena empresa na área terapêutica (estética, massagem), em profissões como nutrição, psicologia, pedagogia... Mas deve aprender a não se magoar tanto com a equipe de trabalho, principalmente com quem tem cargo acima do seu. Você não lida bem com críticas e pode até abandonar uma profissão por conta disso. Tente relaxar mais.