quarta-feira

Dessa vez, com você, eu queria que desse certo.

Eu não espero que você seja o-grande-amor-da-minha-vida, parei de acreditar nisso na quinta série quando a moça que trabalhava na biblioteca do meu colégio me disse que estava se separando do marido dela. Meus pais estão juntos até hoje, mas a gente sabe bem como vão as coisas ali. A moça da biblioteca chorou. Não quero que você me faça chorar. Não quero que você seja um motivo ruim na minha vida. Você é motivo de sorrisos, razão pra eu acordar num dia de chuva e tomar banho e mudar de roupa porque eu sei que você vai passar aqui, vai trazer algo congelado pra gente ver ser aquecido no forno e comer enquanto falamos bobagens. Não quero te odiar. Não quero falar mal de você pros outros. Pras minhas amigas. Quero falar mal de você como quem ama. Pois é, [b]Amanda[/b], ele nunca lembra de desligar o celular antes de dormir e sempre alguém do trabalho liga. Sabe, eu quero dizer isso. Que o máximo de irritação que você me provoca é me acordar de manhã cedo falando bobagens que parecem ser importantes no celular. Não quero que você me largue. Não quero te largar. Não quero ter motivos pra ir embora, pra te deixar falando sozinho, pra bater o telefone na sua cara. E eu não tenho medo que isso aconteça (eu nunca tenho), eu fiz isso com todos os outros. É só que dessa vez eu queria muito que fosse diferente. Dessa vez, com você, eu queria que desse certo. Que eu não te largasse no altar. Que eu não te visse com outra. Que eu não tivesse raiva. Que você não passasse a comer de boca aberta. Que você entendesse o meu problema com chãos de banheiro molhados pra sempre. Que você gostasse e cuidasse de mim como ontem à noite você cuidou. Eu quero que dê certo, não estraga, por favor. Não estraga não estraga não estraga. Posso pôr um post-it na sua carteira? Mesmo que a gente não fique juntos pra sempre. Mesmo que acabe semana que vem. Nunca destrua o meu carinho por você. Nunca esfrie o calorzinho que aparece dentro de mim quando você liga, sorri ou aparece no olho mágico da minha porta. Mesmo que você apareça na porta de outras mulheres depois de me deixar.
Me deixe um dia, se quiser. Mas me deixe te amando. É só o que eu peço.

(Tati Bernardi)
“... Amar também é bom: pois o amor é difícil. Ter amor, de uma pessoa por outra, talvez seja a derradeira prova e provação, o trabalho para o qual qualquer outro trabalho é apenas uma preparação. Por isso as pessoas jovens, iniciantes em tudo, ainda não podem amar: precisam aprender o amor. Com todo o seu ser, com todas as suas forças reunidas em seu coração solitário, receoso e acelerado, os jovens precisam aprender a amar. Mas o tempo de aprendizado é sempre um longo período de exclusão de modo que o amor é por muito tempo, ao longo da vida, solidão, isolamento intenso e profundo para quem ama. A princípio o amor não é nada do que se chama ser absorvido, entregar-se e se unir com uma outra pessoa. (Pois o que seria uma união do que não é esclarecido, do inacabado, do desordenado?) O amor constitui uma oportunidade sublime para o indivíduo amadurecer, tornar-se algo, tornar-se um mundo, tornar-se um mundo para si mesmo por causa de uma outra pessoa; é uma grande exigência para o indivíduo, uma exigência irrestrita, algo que o destaca e o convoca para longe. Apenas neste sentido, como tarefa de trabalhar em si mesmos (“escutar e bater dia e noite”), as pessoas jovens deveriam fazer uso do amor que lhes é dado. A absorção e a entrega e todo tipo de comunhão não são para eles (que ainda precisam economizar e acumular por muito tempo); a comunhão é o passo final, talvez uma meta para a qual a vida humana quase não seja o bastante....”

RILKE, Rainer Maria | in "Cartas a um jovem poeta"
"Somos inocentes em pensar, que sentimentos são coisas passíveis de serem controladas. Eles simplesmente vêm e vão, não batem na porta, não pedem licença. Invadem, machucam, alegram. São imprevisíveis e sua única regra é a inconstância total. É irônico que justamente por isso, eles sejam tão perfeitos.

Caio Fernando Abreu"

Estranho, pode acreditar, para mim e para você. É tão precipitado e, ao mesmo tempo, tão absoluto. Não posso negar, desde o primeiro olhar os meus pés pararam de pisar no chão. Depois de tantos enganos, tanta ilusão, tanta margem, eu me sinto inteira, sem fronteira alguma, e sem medo de me lançar em mar aberto.
Eu poderia te explicar tudo isso, de forma rápida e concreta, até porque seria tão simples e soaria tão explícito. Mas existe forma melhor de deixar as decisões ao acaso, sem se preocupar. Acaso, acaso, talvez. Te espero, um beijo.

domingo

Porque, quando você está com medo da vida, é na minha mania de rir de tudo que você encontra forças. E, quando você está rindo de tudo, é na minha neurose que encontra um pouco de chão. E, quando precisa se sentir especial e amado, é pra mim que você liga. E, quando está longe de casa gosta de ouvir minha voz pra se sentir perto de você. E, quando pensa em alguém em algum momento de solidão, seja para chorar ou para ter algum pensamento mais safado, é em mim que você pensa. Eu sei de tudo. E eu passei os últimos anos escrevendo sobre como você era especial e como eu te amava e isso e aquilo. Mas chega disso.
Caiu finalmente a minha ficha do quanto você é, tão e somente, um cara burro. E do quanto você jamais vai encontrar uma mulher que nem eu nesses lugares deprê em que procura. E do quanto a sua felicidade sem mim deve ser pouca pra você viver reafirmando o quanto é feliz sem mim e principalmente viver reafirmando isso pra mim. Sabe o quê? Eu vou para a cama todo dia com 5 livros e uma saudade imensa de você. Ao invés de estar por aí caçando qualquer mala na rua pra te esquecer ou para me esquecer. Porque eu me banco sozinha e eu me banco com um coração. E não me sinto fraca ou boba ou perdendo meu tempo por causa disso. E eu malho todo dia igual a essas suas amiguinhas de quem você tanto gosta, mas tenho algo que certamente você não encontra nelas: assunto.
Bastante assunto. Eu não faço desfile de moda todos os segundos do meu dia porque me acho bonita sem precisar de chapinha, salto alto e peito de pomba.
Eu tenho pena das mulheres que correm o tempo todo atrás de se tornarem a melhor fruta de uma feira. Pra depois serem apalpadas e terem seus bagaços cuspidos.
E eu, finalmente, deixei de ter pena de mim por estar sem você e passei a ter pena de você por estar sem mim. Coitado."

[Trecho da Bela e o Burro - Tati Bernardi]

Eu queria até concluir o pensamento, mas acho que seria inútil. Você nunca passa por aqui, meu amor, você sequer sabe que isso aqui existe. Não me interessa que saiba de nada, não me interessa mais que saiba de mim, você, acredite, não me interessa mais. Hoje cai da cama com uma vontade louca de dizer aos ventos o quanto sinto sua falta, o quanto tenho a ridícula mania de sonhar com você e acordar determinada a te dizer tudo, a ir atrás do tempo perdido. Cansei, hoje estou virando a página, na verdade, hoje estou fechando o livro, hoje eu não te quero, hoje eu não te amo, hoje, pelo menos hoje!

Seu amor é uma generosidade injusta.

O que sinto nem falo. Não me cabe encerrar a vida de ninguém.
A minha sempre está começando ao seu lado.
Termino para não me repetir. Não consigo definir: “aquele foi o último abraço”, “aquele foi o último beijo” e conservar e sublimar para me lembrar do fim.
Eu guardo todos os abraços e beijos pensando que foram os últimos.
Desembrulho minhas roupas para descobrir seu cheiro.
Refaço o ritual da merenda da escola, o fino guardanapo que envolvia um pedaço de bolo ou um doce.
Meu cuidado para não ferir a fome. Eu me abandono, me troquei várias vezes, mas não me despeço.
Seu amor me estragou por inteiro.
Não amarei menos do que recebi de você.
Seu amor tornou impossível qualquer outra história de amor.
Seu amor é um estelionato, nenhum homem deveria aceitá-lo porque não terá tempo de quitar. Seu amor é uma generosidade injusta.
Uma extorsão.
Uma maldição.
Porque ele me cura do que ainda nem adoeci.
Sou covarde, pode concluir que sou fraco. Vou voltar.
Como o esquecimento dos cachorros, que são castigados e logo estão lambendo o rosto de novo. Como o esquecimento dos pássaros, que regressam aos mesmos telhados e antenas para secar os farelos.
Não sei me despedir de você. Já briguei, já fiz as malas, já a ameacei com chantagens, já prometi que não seria mais feliz. Já apanhei as chaves, já devolvi as chaves, já avisei aos amigos.
Já, Já, Já. Não sou mais o mesmo. Nunca serei mais o mesmo.
Só queria encontrar alguém mais louco do que eu para voltar à normalidade.
[Fabrício Carpinejar]

Suavemente

Questão de tempo? Ouvi tanto disso, meu amor. O tempo passou e cá estou, a te esperar, como já estivesse. Quisera eu passar tanto quanto o tempo, quisera eu mudar conforme mudam os minutos, horas. Não sei para onde irá toda essa saudade, essa falta de você. Onde vão parar todos os pensamentos meus para ti? Não quero pensar onde estás, com quem estás. Quero ser tão forte quanto aparento, quero virar a mesa, mudar o jogo, lançar os dados. Dançar conforme a música que me convém. Espero. O tempo ainda insiste em passar. Calma. Não há nenhuma mudança ainda.
"Você quis terminar
Pediu que fosse assim
Trancou a porta e fechou a janela
Pra não pensar mais em mim
E eu te pergunto:
Pra que?

Não vou te procurar
Vou deixar você me esquecer
Pra encontrar a pessoa mais certa
Que possa lhe amar
Bem longe de mim
E eu te pergunto:
Por que?

Entendo ou não entendo nada
Estendo a mão sem dar um beijo
Escrevo as últimas palavras
Enfrento ou finjo que não vejo
Espelho meu desiste dessa cara
Esqueço ou fico com desejo
Espero mais ou devo apaga-lo
Entrego a ele todos os segredos

Ele que era tudo para mim
Foi tudo para mim
Tudo"

Odeio, odeio cada minuto da falta que você me faz.
Quem diz que ama, ama mesmo?

Só as mães são felizes


A minha menina, o meu amor, a minha eternidade e a minha certeza. A certeza de que estará sempre perto, a certeza de nunca abandonar. O sentimento, pode crer, é o maior do mundo, só tenho maravilhas a te desejar! O que eu sinto por você é mais que amor, mais que admiração,mais que respeito, é algo de proporções imensas, daquelas que as palavras são incapazes de definir. Meu cordão umbilical, minha ponte para todas as coisas boas. MINHA. Minha mãe, minha protetora, minha amiga, minha irmã, meu porto, minha vida!
Feliz dia das mães.


PS: Eu estou tão feia na foto mas nós temos pouquissimas fotos juntas.

sexta-feira

'Desta vez, foi ela quem esbarrou nele

Estou tomando posse do computador da Nathalia (Nathalia, nathalinha!) para expressar a minha imensurável felicidade.
Está tudo dando certo, é bom, não é?
Hoje, até quem não me conhece nota os raios amarelos de felicidade vindos de mim.
"Não estou fazendo nada errado só estou tentando deixar as coisas um pouco mais bonitas”.

quarta-feira

"pelo menos estou vivo, andando por aí, levando porrada, tentando amar"

'Como chegar para alguém e dizer de repente eu te amo para depois explicar que esse amor independia de qualquer solicitação...'
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH
Pelo sim, pelo não, disse sim! Uma palavra assim, tão simples, três letras de sons vibrantes, letras capazes de mudar uma vida inteira, ou não.
Estou indo, ainda que o mar seja desconhecido e que eu corra risco de me afogar, estou indo. Ainda que a praia seja deserta, eu sei, eu sei, não estou sozinha!
Sorte,

Imenso

Feliz Aniversário;
Olha, de início já aviso que não sou boa com as palavras quando o assunto é aniversário, mas vou tentar, mesmo você não merecendo. :}
Acho que, sinceramente, nesses últimos dois anos, você é uma das pessoas que mais tem contribuido com o meu crescimento. Você, apesar de tudo, sempre tão ouvinte, tão querido. Sabe, eu nunca disse, mas sou imensamente grata por tudo!
E hoje é o dia sabe, de tentar te dizer tudo que não te disse nestes quase dois anos de convivência. Eu queria poder agradecer a tudo sabe? A cada pedacinho de compreensão e incompreensão, a cada ligação, a cada palavra, a cada gesto de carinho, e principalmente pela amizade maravilhosa que se firmou.
É claro, você ainda é um barco que possui um ímã, você sabe do que digo.
Eu quero que você saiba que eu desejo muito a sua felicidade e o seu bem-estar! Eu desejo que o meu Deus te ilumine a cada passo que você der, que você não dê passos em falso, e que, caso isso acontecer, que saiba se levantar! Você é forte, eu sei, e não pense você que é por causa da academia, é algo interno... (Não posso perder a oportunidade de dizer que externamente você continua gordo).
Mas enfim, quero que você seja feliz da maior forma possível!
Júlio César de Souza Madeira, eu te quero um bem enorme, embora não pareça!

segunda-feira

Urgência.

Preciso de alguém, e é tão urgente o que digo. Perdoem excessivas, obscenas carências, pieguices, subjetivismos, mas preciso tanto e tanto. Perdoem a bandeira desfraldada, mas é assim que as coisas são-estão dentro-fora de mim: secas. Tão só nesta hora tardia - eu, patético detrito pós-moderno com resquícios de Werther e farrapos de versos de Jim Morrison, Abaporu heavy-metal -, só sei falar dessas ausências que ressecam as palmas das mãos de carícias não dadas. Preciso de alguém que tenha ouvidos para ouvir, porque são tantas histórias a contar. Que tenha boca para, porque são tantas histórias para ouvir, meu amor. E um grande silêncio desnecessário de palavras. Para ficar ao lado, cúmplice, dividindo o astral, o ritmo, a over, a libido, a percepção da terra, do ar, do fogo, da água, nesta saudável vontade insana de viver. Preciso de alguém que eu possa estender a mão devagar sobre a mesa para tocar a mão quente do outro lado e sentir uma resposta como - eu estou aqui, eu te toco também. Sou o bicho humano que habita a concha ao lado da conha que você habita, e da qual te salvo, meu amor, apenas porque te estendo a minha mão. No meio da fome, do comício, da crise, no meio do vírus, da noite e do deserto - preciso de alguém para dividir comigo esta sede. Para olhar seus olhos que não adivinho castanhos nem verdes nem azuis e dizer assim: que longa e áspera sede, meu amor. Que vontade, que vontade enorme de dizer outra vez meu amor, depois de tanto tempo e tanto medo. Que vontade escapista e burra de encontrar noutro olhar que não o meu próprio - tão cansado, tão causado - qualquer coisa vasta e abstrata quanto, digamos assim, um Caminho. Esse, simples mas proibido agora: o de tocar no outro. Querer um futuro só porque você estará lá, meu amor. O caminho de encontrar num outro humano o mais humilde de nós. Então direi da boca luminosa de ilusão: te amo tanto. E te beijarei fundo molhado, em puro engano de instantes enganosos transitórios - que importa? (Mas finjo de adulto, digo coisas falsamente sábias, faço caras sérias, responsáveis. Engano, mistifico. Disfarço esta sede de ti, meu amor que nunca veio - viria? virá? - e minto não, já não preciso.) Preciso sim, preciso tanto. Alguém que aceite tanto meus sonos demorados quanto minhas insônias insuportáveis. Tanto meu ciclo ascético Francisco de Assis quanto meu ciclo etílico bukovskiano. Que me desperte com um beijo, abra a janela para o sol ou a penumbra. Tanto faz, e sem dizer nada me diga o tempo inteiro alguma coisa como eu sou o outro ser conjunto ao teu, mas não sou tu, e quero adoçar tua vida. Preciso do teu beijo de mel na minha boca de areia seca, preciso da tua mão de seda no couro da minha mão crispada de solidão. Preciso dessa emoção que os antigos chamavam de amor, quando sexo não era morte e as pessoas não tinham medo disso que fazia a gente dissolver o próprio ego no ego do outro e misturar coxas e espíritos no fundo do outro-você, outro-espelho, outro-igual-sedento-de-não-solidão, bicho-carente, tigre e lótus. Preciso de você que eu tanto amo e nunca encontrei. Para continuar vivendo, preciso da parte de mim que não está em mim, mas guardada em você que eu não conheço.Tenho urgência de ti, meu amor. Para me salvar da lama movediça de mim mesmo. Para me tocar, para me tocar e no toque me salvar. Preciso ter certeza que inventar nosso encontro sempre foi pura intuição, não mera loucura. Ah, imenso amor desconhecido. Para não morrer de sede, preciso de você agora, antes destas palavras todas cairem no abismo dos jornais não lidos ou jogados sem piedade no lixo. Do sonho, do engano, da possível treva e também da luz, do jogo, do embuste: preciso de você para dizer eu te amo outra e outra vez. Como se fosse possível, como se fosse verdade, como se fosse ontem e amanhã.
CaioF.A.
Eu já não poderia dizer em palavras tão bem elaboradas quanto as de Caio o que sinto, todos os dias, assim que piso os pés fora da cama, assim que encosto a cabeça cansada no travesseiro. Alguém... ah, este alguém, que possa aceitar minhas crises existenciais e minhas vontades de ser adulta. Que possa suportar meus sonhos e guardar meus segredos. Que seja amigo, confidente, amor. Que me ajude a escrever um romance com todas as mais belas palavras que Shakespeare jamais sonhou. Que faça de mim alguém melhor para obter um retorno imenso. Que me faça subir ao telhado logo de manhã, bem cedo, para assistir de camarote o nascer do sol. Que não me deixe esperando um pôr-do-sol a vida toda, eu não quero mais esperar, cansei-me, e se cansar nunca é bom.
Minha cabeça estoura toda vez que penso estar sem um amor em vida. Viver sem um amor é passar a vida sem viver. A substância da vida é o amor, como se estivesse perdida neste mundo de pessoas que se encontram e se perdem, assim, sempre.


PS: Um beijo master especial pra minha leitora diária: Bárbara Potzik. Espero agradar com estes textinhos caseiros. Te amo queridona!
PS²: Modifiquei o nome do texto do Caio, por força do hábito.
Descobri que 4 horas da tarde é a pior hora do dia.

"Que passe o nosso tempo
Como qualquer primavera
Espera
Me espera
Eu vou voltar "
Chico, grande ChicoB.

O problema é que eu não vou voltar, ainda que você volte, eu estou indo. Esse cheiro de memória me embrulhou o estômago. Eu te esperei, dias, você foi viver. Se acaso quiser ainda encontrar um cantinho quentinho, desista, aqui é frio.