segunda-feira

Força do acaso, azar ou sorte

Não, não é nada grave. É só o coração que ainda insiste. E não cansa, mas eu não, eu estou parando devagar, freando, parando os motores, abandonando o barco, como já deveria ter feito e não fiz, como sempre digo e não faço. Mas desta vez não, está na hora de me poupar. E então surgem as questões. Deveria te falar sobre as cartas que você não leu? Deveria organizar as culpas e distribuir aos presentes? Deveria te abraçar e dizer: é o último? Deveria sair pela tangente, sem dizer, sem te olhar? Talvez sim, é a opção mais aceitável. Sair pela tangente nunca foi, para mim, o melhor e a se fazer, mas agora... agora eu estou sem saída. E saída por saída, opto pela que evita lágrimas e maiores frustrações. Deixa, deixa... mas chega disso.
Ando rezando para todas as divindades, rezando baixinho mas sinto que, de alguma forma, sou ouvida. O tempo está chegando, nada basta e disseram um dia que navegar é preciso, eu acredito. Acredito em tudo, seja qual for a pessoa, se é singular ou plural. Acredito em mim.
O tempo está limpando, é assim que dizem quando a chuva dá trégua não é? Está abrindo um sol lindo em minha vida, vejo raios de sol por trás de nuvens tão escuras, não vai mais chover, não vai mais chover.

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