segunda-feira

Abram alas aos velhos guardados

Chegar ao fim de uma jornada, atrás dessa vida emprestada e, assim, passageira. Hoje, sentada neste quarto vazio, desta casa habitada somente por mim, só consigo pensar no que será daqui pra frente. Eu tenho mais de 40 anos, meus sonhos e objetivos se foram com os anos. Tenho lembranças. LEMBRANÇA, palavra deliciosa e triste, deliciosamente triste.
No vai e vem desses dias que já passaram, tanta coisa aconteceu que eu nem posso contar, o céu refletia as cores que eu queria ver, viajei em sonhos, amei. Amar, eu muito amei, da forma mais exagerada possível e errei. Pequei nos exageros, estremos, me equivoquei, perdi. Hoje sou eu, eu e minhas lembranças, nada mais.
Não restou nada, não tenho alvo, objetivos. Passo dias esperando o telefone tocar, ou mesmo a campainha, que seja. Isso não aconteceu. Estou sozinha, e amanhã? Amanhã é outro dia.

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