segunda-feira

Por amor, ou não

Nessa era moderna, não sei se me dou ao luxo de acreditar em amor. E não digo só aquele amor de filme, digo amor de amigo, amor disso, amor daquilo. Não sei se acredito. Agora criou-se uma facilidade muito grande para se dizer: "eu te amo" sem ter a verdade necessária. Nós sabemos, dizer eu te amo é clichê, o que eu digo aqui agora também não passa de clichê.
Amor, se é que existe, não precisa dizer. Quanto mais oculto o amor, mais silencioso, mais passivo, mais amor é. O mundo moderno detonou muitas coisas belas, muitas músicas belas, muitos cantores, escritores e atores belos, e, antes de mais nada e da forma mais tirana, o mundo moderno detonou o amor, toda a beleza dos olhares apaixonados, toda a vontade de abraçar e sentir o coração batendo do outro.
Não quero ser moderna, peço todos os dias para não ser. Eu quero poder amar. Amar as pessoas que eu conheço, as pessoas que ainda irei conhecer. Quero conhecer pessoas que saibam amar e, não posso ser injusta, eu conheço um bocado delas já.
Se você não ama, não seja irracional, não fale o que não sinta. Eu tenho medo de que o mundo se torne, dia após dia, um viveiro de pessoas que não sabem (ou temem) viver.

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