quinta-feira

Hey!

Meu bem,
Que te dizer? Que quero relógios para ter mais tempo, ou para voltar no tempo, ou adiantar o tempo, ou parar no tempo? Que me sobram vírgulas e os pontos finais são tantos que viram reticências sem nunca um ponto final? Que um avião sobrevoou os céus agora a pouco e tudo me passou pela cabbeça, sobrevoou-me também? Que, de vez enquando, lembro-me do remoto com até um certo pesar? Das coisas que poderiam ser e não foram. Não! Relembrar não é acusar o passado. Relembro agora com carinho, o de sempre, ao pensar em quão grandes foram as contribuições que você trouxe. Trouxe com suas cartas, seu afeto, sua atenção. Eu sei que reapareço e sumo. E sei que sumo sempre que me dá na telha e volto, quando me dá na telha. Eu sei que sou um bocado "confusão" e é um porre, às vezes, aturar meus devaneios. Eu sei. E sei também que não há mal nenhum nisso. Somos apenas incomuns. E isso é bom, não é?! De forma incomum, porém comum para nós, venho de novo por meio de palavras te mostrarr que ainda sou grata e que serei sempre. E que ainda desejo, de forma ampla, todas as maravilhas que existem ao redor numa caixinha de música para você. Cheio de sons, cores, amores (que virão, passarão, ou não). E desejo enfim, porque meu tempo acaba, que não te falte tempo, que te sobre vida e que te transborde luz. Feliz aniversário.
Com um carinho demasiado sincero e, quiçá, eterno,
Maria.

'Prepare surpresas. Borde delicadezas no tecido às vezes áspero das horas. Reinaugure gestos de companheirismo. Mas, não deixe para depois. Depois é um tempo sempre duvidoso. Depois é distante daqui. Depois é sei lá.'

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