sábado

É um resto de toco, é um pouco sozinho

Um pouco de tristeza, um gole.
Um copo meio vazio na cabeceira, com livros que desaprendi a ler.
Uma música que se repete, repete, repete.
Uma dor - no coração - e a impossibilidade de pedir ajuda. Ajuda a quem? Nada poderia ajudar a dar ordem ao caos aqui dentro, aí fora.
Uma sede que não passa. Um abraço que não vem. Uma palavra que não chega. Um telefone que não toca.
Eis que volta a doer, então, uma ferida antiga. Palavras. Escolhas.
E uma certeza: isso vai passar, também.

E as águas, que não de março, mas das lágrimas que caem sem que tenham essa permissão, vem para fechar qualquer estação do ano que já nem me lembro mais.

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