quinta-feira

Todo o amor do mundo ( e um pouco mais)

Mãe,
Palmas à criatura - criadora que me fez cria. Queria ter habilidades artísticas para te fazer um presente dos mais bonitos, não consigo. Consigo, ou pelo menos tento, por meio das minhas palavras tão pobres te dizer o quanto é bom ser tua prole. Não sei como foi quando, ainda no dia 19 de julho de 1994, você me recebeu nos braços pela primeira vez, mas sei que estava protegida. Protegida fui e sou pelas tuas asas, para sempre tão grandes. Moro dentro deste coração tão quentinho que é teu. Moras em mim e não sai. Você é um caramujo e eu fiz minha casa em você, não há quem me bote para outro canto. E eu ainda dou para perguntar o que seria de mim sem você, não há resposta, eu simplesmente não seria. Você é tudo e me permite ser um pouquinho de você. Os cabelos tão enrolados, o humor tão alterável. Acho que nunca consegui te dar um presente tangível, até porque não tenho - ainda - de onde tirar dinheiro. Seus presentes são sempre assim, eu me entregando em palavras, que são o melhor que eu posso fazer. Sempre, desde que a escrita me foi apresentada, com a letra um pouco quadrada e com erros ortográficos infinitos, eu escrevia com lágrimas nos olhos: "você é a melhor mãe do mundo, eu te amo muito". E ainda as lágrimas me escorrem quando penso nisso. Não sou um presente para você. Você é um presente pra mim. Desde que nasci, é por você e para você que procuro melhorar. Eu quero te orgulhar, mamãe. Desculpa pelo tom de voz alto, às vezes. Desculpa pela precariedade das palavras. É tudo com muito amor, talvez o maior amor que a criatura - ainda cria - pode ter. O amor é tanto que as palavras nem dizem muito. O amor é tanto que a palavras são desnecessárias. Feliz aniversário. Obrigada, em suma, por existir. Sou porque és.
Com muito respeito, admiração e amor,
Maria, sua filha.

Nenhum comentário: